Verde é vida

“Meu Blog é neutro em CO2, neutralize o seu também. Saiba como.”

RETO

Eu não sei se problema é léxico

Ou excesso de aliteração

Tanta gente falando sem nexo

Refletindo a educação

Eu não sei se muitas palavras

Explicam a torpe razão

Uma multidão de iletrados

Forjando a opinião

Pablo Neruda

Não era um filho da puta

Paulo Leminsk

Nunca foi um otário

Mário Quintana

Era um cara Bacana

Florbela Espanca

Apanhou pra caralho

Se introduzem merda na mente

E satisfazem sem exceção

Assassinam a língua materna

Alegando evolução

Para um compêndio perfeito

Muitos anos ainda virão

Muita leitura de mundo

Para reformar a nação

Manoel de Barros

Sempre foi sustentável

Castro Alves

Repudiou o poder

Augusto dos Anjos

Vomitou sua essência

Fernando Pessoa

Decidiu ir beber

TA. 1.11.13 

estreia

apenas uma intenção rara

que não te tocara

 um pensamento sinérgico

que nada sei de certo

um anjo para ponderar

 uma vida a estrear

 uma síntese diferente

 das palavras que sei falar

Rio

Dói no meio do peito

Parece um gás

Dolorido

Dói enquanto deito

No vazio do leito

De um rio

Que me lava e ri

Que me leva daqui

Flutuante em sonhos capazes

Talheres estão sobre a mesa

Champanhe e belos sorrisos

Eu só, espectro da mata

Do rio que eu preciso

Sou o peixe

Que é devorado

Em um dia de festa

Aleatoriamente

Aleatoriamente

Sem sentido

Sem pudor

Apenas Libido

Absorto na tarde

Querendo correr

10 milhas

Esperando ter

1000 pilas

Para resolver

Pendências da alma

Para ir de um ponto a outro

Reconfigurando as ideias

Nada demais

Só o eu e todos

os outros eus

Catequizando o estilo

Desenfreado da vida

Por que tanta poesia?

Pra que tanto ato?

Não me tenha mal

Eu apenas realizo

As vias de fato

Elle Vention

Ela é vegana

Mas fura as carnes

na suspensão

pratica slackline

corrida e meditação

nos intervalos fuma

a noite bebe a bruma

ela é diferente

ela é o mundo

em evolução

não chora vendo TV

sorri lendo poemas

sátira de desenganos

ninguém sabe seu esquema

ela é outra coisa

só quer andar pra frente

sem ser parecida

com a nossa gente

ela não é loba

e nem é serpente

ela é uma mosca

não é dependente

toma banho de chuva

faz balé na rua

poesia no muro

amor no escuro

ela é outra coisa

só quer andar pra frente

sem ser parecida

com a nossa gente

Simples

Da minha parte

Intenção sublime

De pura arte

Que não oprime

Fazer o fogo

Que vai arder

Com seu calor

Sobreviver

E com olhos sorrindo

Continuar

Refeita

Para amar.

Desconhecido à causa

Será que eu a animo?

Ou apenas a deixo no papel?

Será que a carrego no coração?

Ou apenas na mente?

Será que ela vai saber de mim?

A intensidade do gosto

Sem pretensões seguir

Ser natural ao sorrir

Deixar a vontade fluir

Até nos encontrarmos

Na mesma vibração

De espíritos afins

Marcelo T.A.  27/02/13